quinta-feira, 17 de julho de 2008

Vítimas da fofoca, uni-vos


Durante minha tenra infância.. lá se vão décadas... , fui vítimas de várias fofoquinhas ao decorrer das brincadeiras na qual eu sempre jogava uma areia no rosto de outro "amiguinho", o qual queria se dar bem nos jogos,ou nas provocações dos quais sempre acabava em uns conflitinhos e acabaria chegando no ouvido da mamãe e do papai, a maioria das vezes diziam um fato totalmente diverso daquele; caracterizando uma calúnia. Era chato, mas eu nem saberia o que o futuro me guardava.


Calúnia é um termo que vem do latim, calumnia, engodo, embuste. A calúnia não se confunde nem com a difamação nem com a injúria, outros dois crimes contra a honra. A difamação (do latim diffamare) significa desacreditar, sendo um crime que consiste em atribuir a alguém fato ofensivo à sua reputação de pessoa fiel à moralidade e aos bons costumes.

Quanto à injúria do latim injuria, de in jus, injustiça, falsidade, trata-se de um crime contra a honra consistente em ofender, verbalmente, por escrito, ou fisicamente (injúria real), a dignidade ou o decoro de alguém. A injúria ofende o moral, abate o ânimo da vítima, ao passo que a calúnia e a difamação ferem a moral da vítima. Perceba-se a diferença entre estas três afirmações:


"Fulano é um peculatário!" (calúnia); "Beltrano é um depravado!" (difamação); "Sicrano é um boçal!" (injúria). A injúria pode ser manifestada não apenas mediante palavras, mas também por gesticulações ultrajantes (injúria verbal) e, até, fisicamente, quando A, mais avantajado corporalmente do que B, a fim de aviltá-lo, despe-o em público, embora sem lhe causar dano físico. Temos, neste caso, a chamada injúria real. Outro exemplo: o da bofetada que se aplica menos com o intuito de ferir do que ridicularizar..


Já a fofoca meus queridos, amigos; é o mexerico, intriga, a bisbilhotice É um mal que para muitos é divertimento sem importância, mas que é extremamente destrutivo: A vontade de passar informações faz parte do homem, é a comunicação, é uma ação humana natural e normal, mas na maioria das vezes esquecemos do outro e não medimos as conseqüências das nossas palavras. Quando uma pessoa não controla a cobiça, o resultado é a inveja, que desperta o instinto animal de prejudicar o próximo pela difamação. O vaidoso que é infestado pelo orgulho e pela arrogância, é muito propenso a usar a fofoca. O egoísmo é o resultado da maldade, da indiferença para com o semelhante e, portanto, pela falta de escrúpulos pode-se criar as mas desalmadas mentiras com a idéia de prejudicar o semelhante.


Em meu último (e conturbadíssimo relacionamento) minha namorada na época convidou-me para almoçar, estávamos em via pública e com fofoqueiros e caluniadores à espreita, no entanto fui me arrumar, colocar um perfume etc.. afinal estaria junto da pessoa amada e etc..,e depois fomos almoçar juntos. Dias depois, meus pais (que detestavam a minha namorada) me colocaram contra a parede e fizeram o seguinte questionamento: - " Onde arranjou tanto dinheiro para fazer uma FESTA na casa da tua namorada????, "- Os vizinhos disseram que você pagou quase uma Lanchonete para a rua toda"...


Eu perplexo com isso tudo, neguei tudo, em vão..., meus pais até hoje acreditam nesses vizinhos;os quais eles dizem serem seus melhores amigos...


Em resumo enquanto que fofocar significa intrigar, caluniar consiste em difamar fazendo acusações falsas ou atribuindo falsamente a alguém fato definido como crime. Na calúnia, portanto, há violência maior. Ainda procuramos negar e esconder este fenômeno quando dele somos vítimas. Sentimos vergonha de sermos caluniados quando a vergonha seria adequada sentir por aquele que gera a calúnia. Por vezes, até mesmo nos submetemos ao caluniador do grupo em que convivemos.


O caluniador é uma pessoa que está sempre em conflito consigo mesmo. Quem está de bem com a vida não tem sequer vontade de caluniar, quer apreciar as coisas boas da vida.


O mecanismo da fofoca e da calunia pode ser avaliado por uma experiência subliminar que em psicologia é um estímulo que não é suficientemente intenso para que o indivíduo tome consciência dele, mas que, repetido, atua no sentido de alcançar um efeito desejado. Provavelmente, graças a esse poder contaminante do pensamento primário é que, muitas vezes, julgamos uma causa por sua aparência, brigamos com amigos por detalhes fúteis e esquecemos o imprescindível para guardar o periférico. Então no caso da fofoca esquecemos as qualidades boas da pessoa e exaltamos as más.


Sejamos pessoas ocupadas com as nossas metas , e deixemos as pessoas sem conteúdo e com suas frustrações viverem a sua vida infame e sem futuro, e afirmo com certeza, essas pessoas adorariam estar (ao menos por 1 dia) na nossa pele.


Namastê...


2 comentários:

Melissa disse...

muito adequado e pertinente afinal num país onde temos tantas atividades e a maioria das pessoas vivem numa correria ... cuidar da vida alheia é uma forma de gastar o precioso tempo com coisas vãs
pra que ser ajudar se eu posso atrapalhar?
pra que ser util se posso ser inutil ?
adorei
bjs mel

Unknown disse...

Belo texto...mas quanto ao tema...é infelizmente temos que conviver com isto diariamente...fazer o que né...e tem gente que ganha muito $$$ com isso....Parabéns pelo Blog!!!

Abraços

http://blogdale.wordpress.com/