quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Cartas do passado


Enfim chegamos ao final de mais um ano, para alguns; um ano formidável, para outros um ano somente de aprendizado e que servirá de exemplo para os anos vindouros. Como é de costume; algumas pessoas fazem uma "triagem" nos seus objetos pessoais e analisam quais vão para o lixo ou não. Nisso incluem-se peças de vestuário, livros, papéis... e não é de se surpreender ao encontrarmos objetos "nostálgicos" escondidos no fundinho do armário. Nunca pensei que pedaços de papel escrito pudessem me fazer sorrir de um passado não tão longínquo.

Ao (re) descobrir aquilo tudo parei tudo o que fazia justamente para reler e me projetar naquelas situações, algumas boas outras nem tanto. Todas elas cartas de Ex-namoradas: Uma maluca, uma distante e outra moça bem marcante em todos os sentidos, porém casada.
A primeira, apesar de ser muito bonita e formosa, era uma "dor de cabeça". Só vivíamos brigando, tinhamos pouquíssimos momentos bons, ela era muito inconstante e tinha muitos "amigos gays" (era o despiste que usava para disfarçar os muitos amigos que possuía), além disso era uma pessoa muito dificil de conviver. O pior de tudo era que nossas famílias não se bicavam; o que dificultava bastante nosso contato nos poucos momentos bons que o universo nos proporcionava. A carta que encontrei da dita cuja, era um pedido cínico de desculpas depois de ter "curtido" tudo o que a vida oferece, no entanto ela estava arrependida e queria "voltar". Resultado: Não voltei, ignorei bravamente e cresci como pessoa, aprendendo a ter mais amor próprio pois continuar daquele jeito era se auto- destruir.
A segunda, na minha opinião era a mulher dos sonhos. Bonita, cabelos cor de cereja, mente aberta, inteligente, na época tinha 24 anos e ainda gostávamos dos mesmos estilos musicais: Heavy metal & Classic Rock. Por causa da paixão sobre este estilo, a conhecí através da Seção Correspondências da Revista Roadie Crew, revista referência no segmento, onde sem compromisso escrevi para essa seção desejando conhecer mulheres que gostassem de Heavy Metal e suas vertentes, e surpreendentemente recebi várias cartas ao redor do Brasil, porém foi ela que mais me chamou a atenção, primeiro pela beleza, depois pela personalidade de suas cartas e as prazerosas conversas pelo Messenger. Todavia, a moça vivia em Guarulhos-SP e nenhum de nós poderíamos no momento tirar os pés da sua cidade para viver algo mais intenso. Resultado: Cerca de 1 ano depois os contatos foram diminuindo, as cartas e os e-mails cairam na mesmice e.....Acabou!- Relacionamento à distancia não dá certo.
A terceira, era uma amiga de trabalho, novata, uma mulher que se vestia muito bem, era vaidosa e sexy... até demais. Porém era casada e vivíamos em risco duplo: Um por causa dos boatos que pudessem surgir na empresa, o outro era para não deixar pistas para ninguem mal intencionado estragar a vida de casada que ela tinha. Apesar de todos os contratempos, foi o romance mais interessante e gostoso de se viver.
A carta que encontrei era um relato bem humorado retratando a nossa situação e marcando um jantar no fim de semana, no fim da carta ela beijava com aqueles batons vermelhos (por mais que seja cafona, os homens adoram cartas com beijos de batom).
Tudo fluia muito bem, mesmo porque nenhum de nós exigia um do outro, somente momentos prazerosos enquanto estávamos juntos. Até que as fofocas começaram a surgir e tivemos que dar um tempo, infelizmente alguns meses depois fui desligado da empresa por problemas com a gerência que geraram um mal estar. Resultado: Houve um inevitável afastamento de ambos, e analisando bem foi só fogo de palha mesmo. Foi uma separação sem mágoa de ninguem... uffa, pelo menos uma na vida.
Ao ler todas essas cartas fiquei feliz, mesmo não sendo todas felizes. É muito bom sorrir do passado e aprender com ele e não viver só dele, pois o mundo flui muito rápido e nessas voltas que ele proporciona vamos continuar sorrindo, não com o que ja passou mas com o que passará diante de nossos olhos.


Feliz 2010 para todos meus amigos leitores e blogueiros!!!!!!!!!!!!


Namastê!!!


sábado, 12 de dezembro de 2009

Another failed romance


A vida é cheia de surpresas, muitas delas negativas e que desestabilizam nosso bem estar. Pode ser a perda de um amigo, um parente, uma unha quebrada, seu time foi rebaixado ou como no caso: O término repentino de um namoro. É obvio que não podemos menosprezar um término devido a mudança significativa de hábitos, rotina e apego a pessoa que se amava... e daqui para frente?
Certamente quando somos mais jovens, a sensação de ruptura se torna mais enfática pois o sentimento é latente e avassalador e não estamos acostumados a tal. É comum a possibilidade de perdermos a paciência, fazermos besteiras e alguns extremistas tentam até o suicídio como forma de fugir da frustração que lhe abateram. Com o passar dos anos e com o vindouro amadurecimento passamos a evitar os erros anteriores objetivando o crescimento quando o amor bater na nossa porta novamente.
Já com o amadurecimento enraizado, almejamos ser melhor que antes: mais carinhosos, cuidadosos, gentis e por fim não poderia deixar de citar; melhorar a performance sexual; pois namoro sem sexo é amizade. Desde então caímos na armadilha da falsa estabilidade amorosa por causa das infindáveis noites de “conchinha”, momentos prazerosos... e quando em um belo dia através de uma ligação telefônica você é tratado de forma indiferente, resultando na pessoa pedir um tempo (para ver no que dá) pois o relacionamento não vai bem.
Momento que os reais motivos vem a tona, nota-se que houve um desgaste desnecessário, por outro lado a forma que a atitude é tomada é que trouxe mágoa; deixando a crer que fomos descartados, não servimos mais e o que passou já era, por estar cansada da vida a dois, almejando “diversões” noite adentro.
O positivo disso tudo é que foi mais um aprendizado, isso já consta na ficha cadastral da vida. Ela nos mostra que não devemos nos acomodar e não acreditar em “Te amo´s” dados ao vento, planos errados com pessoas idem; que não compartilham o mesmo momento que o seu, e acima de tudo a vida mostra que devemos nos amar antes de qualquer coisa e deixar que o tempo que fora pedido pela outra pessoa seja indeterminado, deixando a claro que nascemos nus e desacompanhados, e no percurso da vida quem nos abandona nunca teve a dimensão da nossa grandeza e quem perdeu foi ela. O universo que um dia a trouxe de forma inusitada para meu convívio, vai me trazer outra pessoa ainda melhor e todo esse momento obscuro não passará de uma longínqua lembrança, fruto de um tempo pedido de forma irresponsável, e que até uma amizade é impossível, pois não se pode ser amigo de uma pessoa que lhe descartou mais uma vez. Tomara que o ano termine logo, 2010 será o ano da virada em todos os âmbitos de minha vida.


Namastê.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Vampiros sociais


Os vampiros voltaram com força total no cinema e na mídia holywoodiana, quem sabe nunca desapareceram. A lenda bem sucedida do Romeno Vlad Tepes; o empalador, trouxe a fonte de inspiração para escritores, roteiristas e diretores de todo mundo que em meio a dentes pontiagudos, sangue, imortalidade, sensualidade, mistério e requinte, trouxeram rios de dinheiro a seus criadores. É evidente que o mundo adora os vampiros, muitos gostariam de ser um, e na verdade são, sem saber.


Longe dos adolescentes mimadinhos de Twilight e New Moon, existem no nosso pobre mundo real pessoas que não são imortais e muito menos chupam sangue, todavia são os chamados Vampiros Sociais; que sugam nossa vitalidade, alegria e disposição. E eles estão entre nós, muitos sem serem notados, só sentidos por nós através de um mal estar, repentina mudança de humor, e ligeira melancolia. Ao acordar bem disposto, a espera de um insight que irá mudar o rumo do seu destino, você dá de encontro com um vampiro social. Sua positividade vira cinzas logo nas primeiras palavras deste, sua motivação te abandona e um esboço de depressão se desenvolve rapidamente. Ao falar sobre algo que te motiva, o vampiro lhe fala o lado negro disso, ou simplesmente muda de assunto trazendo a atmosfera negra de seus problemas e limitações, logo você se irrita (-pô, esse cara estraga a conversa), você se entristece e logo é contaminado, em vez de ganhar imortalidade, ganhas é desmotivação.


Se tiveres sonhos na vida, fique longe dos seres que só vivem reclamando da falta de dinheiro, das pessoas que vivem falando de doenças e males (dores nas costas,de cabeça, coluna, resfriado etc.) daqueles que costumam falar de remédios, corra dos que se acham burros e que não tem mais jeito. Elencar todos os vampiros aqui levaria muito tempo e espaço, esses seres malfadados tem tanta raiva de si mesmo e de suas limitações que se sentiriam “melhores” que o próximo passasse pelas mesmas coisas só para dividir as histórias de frustração, de fraqueza e perda. Há uma fronteira muito estreita entre esse sentimento e o mau olhado, em doses cavalares você vê sua vida ruir, e por mais que não perceba, você e o vampiro são os mais novos amigos, compartilhando várias insatisfações cotidianas, pois semelhante atrai semelhante. E como o universo só conspira aquilo que aspiramos; nos tornaremos fracassados também. E eu como potencial vitima dos vampiros, já plantei minha pimenteira (para que ela seque ao invés de mim), evito gente que elogia muito, que paparica demais, porque muitos destes são vampiros disfarçados.


Nunca espere algo que não deseja, e nunca deseje algo que não espera. Quando você espera algo que não quer, está atraindo o indesejado (Dr. Raymond Holliwell. Eleven Truth Principles for Successful living).

Namastê.