domingo, 21 de dezembro de 2008

Síndrome e hipocrisia de fim de ano


As confraternizações de fim de ano estão batendo nossas portas. Junto com elas estão aqueles malditos clichês de época e a inconsciente obrigação de gastar, gastar e presentear. Isso não é nada mais do que uma manipulação, da qual somos escravos anualmente.

Quando éramos crianças, o tempo corria tão lentamente e não víamos a hora de chegar o fim de ano, especialmente o Natal. Não entendíamos direito o que significava essa data pois uns diziam que era o nascimento de um tal menino Jesus,outros diziam que tinha um velhinho gordo, de barba branca, que vestia uma roupa vermelha, que presenteava todas as crianças boazinhas nessa época. Aquilo era fascinante, o Papai Noel era mais atrativo do que o tal de menino Jesus, porque o primeiro nos dava presentes(aprendemos desde ai a sermos interesseiros), e receber um brinquedo era o máximo, quase que um “orgasmo infantil” e nos sentimos gratos e curiosos para ao menos dar um abraço naquele velhinho, vindo de tão longe que lembrou de colocar aquele caminhãozinho na cabeceira da nossa cama enquanto dormíamos.

Os anos se passam e nunca encontrávamos o “tal” do Santa Claus, e em vez de sentir o “orgasmo infantil” sentíamos uma verdadeira “brochada adulta” . Os brinquedos já ficavam em segundo plano e começamos a sentir pela primeira vez a frustração e uma sensação de vazio dentro de nossas almas ainda inocentes.

Ao tornarmos adultos, somos bombardeados desde outubro com aqueles comerciais de TV: -“O Natal está chegando, antecipe suas compras, parcelamos até 12x sem juros” ou “Presenteie quem você ama neste Natal”,-“Natal, tempo de presentear: parcelamos em até 24x” etc. Influenciando sempre compre, compre,compre...e engane os pequenos “bobos” dessa nova geração;muitos deles nossos filhos; dizendo para os mesmos a mesma enrolação de que existe um velhinho que vai presenteá-los porque no ano que passou elas não deixaram nada no prato, escovaram os dentes direitinho e se comportaram com a tia na escola.

Ao ter pêlos no rosto, as fantasias dão adeus e as vezes a reencontramos somente quando degustamos um cálice de vinho nessas festas, para suportar aquela musiquinha maldita: DIN DIN DIN, DIN DIN DIN... DIN DIN DIN DIN DIN....ou nos embriagamos de vez para esquecer aquela música nojenta e pegajosa da Simone: -“Então é Nataaaal, o Ano Novo tambéeeeeemm, o Ano terminaaaa e nasce outra veeeezzz... Láaaaa.. ráaa, raaaa raaa... Essa “musica” é uma tortura (a pseudo cantora também).

Quando pensamos e visualizamos dessa maneira, segundo Rhonda Byrne (autora de The Secret) estaremos emitindo vibrações negativas ao nosso presente e ao nosso futuro... por outro lado, gostaria de ser otimista quanto as festas de fim de ano, mas, quando o relógio aponta as 00:00; aquele(s) seu(s) vizinho(s) fofoqueiro(s) e intrometido(s), que costuma falar mal de você pela vizinhança a troco de nada, vem com aquele sorrisão e diz: -“Feliz natal” ou “Feliz ano Novo meu amigo” e também pessoas que passam o ano inteiro te ignorando e nessa data te abraçam e te beijam e no decorrer do ano que se inicia, nem te olham mais e vice-versa. Perdemos todo o espírito (de porco)natalino e torcemos para que passe logo esse nhém,nhém,nhém e essa falsidade alheia e nos entorpecer bebendo vinho para suportar os Din Din Dins e os clichês dessa época tão sórdida.


Namastê....

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Melancolia, Férias e afins....


Enfim as férias chegaram. O final de cada ano é generoso para aqueles que almejam paz, sossego e confraternizações. É tempo de dar uma "aliviada" nas tensões do dia-dia, acordar um pouco mais tarde, esquecer um pouquinho os livros, etc... Pena que a(s) mudança(s) de hábitos trazem consequências em vários sentidos.

Para quem estava quase que mecanicamente acostumado a "assistir" aquelas aulas de CPP, CPC, Direito Administrativo e também rir das besteiras (faladas e escritas) dos meus amigos e suspirar pela minha amiguinha da frente (que ninguem é de ferro). E derrepente : Puffff!!!! acabou o período, agora só em 2009....

Dá uma certa frustração e uma sensação de vazio em saber que suas próximas noites serão comuns como a de qualquer mortal : Jornal nacional, A favorita, Hebe, Superpobre (o programa da Lucianta Gimenez). Nem vale a pena cometer tal atentado, seria capaz de ficar bem deprê...
Muitas vezes temos atitudes e pensamentos contraditórios. Cansei de falar que esse periodo da facu foi o mais desgastante, e não via a hora de acabar tudo aquilo para poder recolocar a cabeça no lugar e respirar aliviado por ter virado mais uma página dessa historia. Por outro lado, faculdade não são apenas livros, professores, apostilas e canetas, existem pessoas que estão nessa caminhada conosco há tempos, e estes são como uma espécie de 2º familia (por mais que não queiramos), no entanto esse contato vai se reduzir, juntamente com os risos, suspiros, as piadas e o bom convívio (o ruim também).

É estranho admitir, mas ainda estou na primeira semana de férias e ja está batendo uma certa "carência" e ainda tenho cerca de dois meses pela frente. Pelo menos terei "inspiração" para escrever várias linhas Non sense como estas....





Namastê.