sábado, 23 de agosto de 2008

Um brinde à futilidade...




Os meios de comunicação tornaram-se um suplício para os amantes de uma boa música, um bom filme ou seriado e até mesmo quem assiste os “jornais” locais ou os de âmbito nacional.
Quem não está (mal) habituado a mudar de canal incessantemente em busca de algo proveitoso para seus olhos? Infelizmente só encontramos os “programinhas” de culinária e de fofoca na parte da manhã... Ah que tédio.., - uma dose de arsênico por favor....

O pior da TV não para por ai, os chamados programas “policiais” que mexem com os brios do povinho da periferia, é a mostra mais óbvia do Freak Show que sacode as pessoas da classe T, U, V, X, Z da cidade de Manaus. A atração majoritária é a desgraça humana que é mostrada aos moldes dos mais famosos tablóides mundo afora, não com celebridades bonitas e endinheiradas, mas com gente sem cultura, miseráveis, drogadas etc.

Quem detesta futilidade, deve sentir náuseas, dor de cabeça e vômitos quando começa a novela MALHAÇÃO. Ver gente bonitinha, em tramas pra lá de enjoadas com direito a briguinhas por causa de namorado (as), competições “esportivas” e filhinhos de papai, metidinhos a playboys e menininhas esnobes; são um convite a repudia. As novelas globais são tão batidas que dá pena dos roteiristas; pessoas de pouquíssima criatividade que fazem essas novelas ter o mesmo roteiro sempre. Não se trata de um deja-vu, é realidade. Toda novela tem um assassino misterioso que só é revelado no final da trama, quem nunca viu as enquetes : “Quem matou Odete Roitman?” ou “Quem matou Lineu?” ou quem é o assassino em série da novela “A Próxima Vítima”? Ou até mesmo filhos que não conhecem os pais e herdam uma fortuna e no desenrolar da trama os vilões paspalhões lutam para tomar o patrimônio adquirido do emergente. Falando em primeira pessoa: -Eu faria uma novela melhor.

O limbo musical brasileiro é algo surreal, qualquer criança de 5 anos poderia compor letras imbecis, cafonas e de cunho “erótico” que se tornam os maiores hits das rádios brasileiras,graças a cultura (ou falta dela) do povo brasileiro.

Exemplos de lixos musicais:

É por essas e outras que por um momento gostaria de ser cego e surdo. Só para citar alguns:

-Latino ( Festa no apê... vai rolar muito bunda-lelê..),
-É o tchan ( acabou!, graças a Odin),
-Mc Créu com seu “mega-hit” homônimo. É maior revelação da vulgaridade ,baixo nível, apelativo, só se salvam as curvas das dançarinas, que por sinal é a única coisa que presta.

Certo dia estava lendo o jornal de maior circulação daqui de Manaus (Jornal A Crítica) e me deparei com a reportagem: -“Tati quebra barraco faz uma tatuagem com o nome do namorado..”. E ai eu pergunto: “- O que nós leitores temos a ver com isso????” de onde veio essa figura? O que ela fez de tão importante para a humanidade para merecer um espaço no jornal ? Qual sua origem? “Afff!!!.... Garçom,mais uma dose de arsênico por favor!.”

Nem tudo está perdido, existe um lado bom. A falta de atrações culturais (de verdade) na mídia, impulsionam as pessoas de certa cultura procurar livros, assistir filmes bons, procurar ainda mais os caminhos do saber e da realização profissional e pessoal,desvencilhando da mesmice, levando-os até um patamar superior de conhecimento. Ao passo que as pessoas fúteis caem mais e mais no abismo da vulgaridade , devido as fontes de inspiração na “mídia” brasileira.

Para os fúteis, um brinde a futilidade...