sábado, 31 de janeiro de 2009

Gente Non sense...


Não existe coisa mais repugnante do que conviver com pessoas alienadas e preconceituosas com aquilo que nem conhecem. O preconceito é uma afirmação prévia de algo que ainda nem se tem idéia do que seja. Pessoas com essa característica são extremamente prejudiciais àqueles que possuem costumes mais “apurados” em comparação com o restante da população tupiniquim.
Musicalmente falando, as pessoas non sense do nosso Brasil (ou seja a maioria, não generalizo) torcem o nariz contra as músicas e artistas internacionais. Simplesmente afirmam que: “Afff! Que música maluca, nem sei por que você escuta esse tipo de coisa, nem entende direito a língua portuguesa quanto mais o Inglês!” ou dizem: “ Nem sei por que você gosta dessas músicas, nem sabe se eles (a banda) está te chamando de filho da p...”
Vermes ignorantes dessa categoria, tendem a ser “ouvintes” de Forró (ritmo que só tem mensagens de prostituição,amor mal resolvido, chifre, cabaré etc) ou ser ouvintes de pagode (uma choradeira sem fim por causa de um ”romance” ou uma transa mal resolvida). Ou pode ser pior, ser “fã” de Calypso, uma bandinha clichê paraense que ninguém agüenta mais falar e escutar os falsetes irritantes da vocalista.


Dia desses estava no trabalho e no playlist do PC tinha uma música da Amy Winehouse, chamada: You know, I´m no good (você sabe que não sou boazinha), não sou tão fã assim da cantora, mas essa música é contagiante e bem gostosa de ouvir. No entanto uma colega de trabalho entrou na sala e falou para mim: “-Ei tu gosta dessa drogada Né?(sic) Deus me livre! Tu nem sabe a língua portuguesa direito(sic) tú quer saber ingreis(sic)”. Eu estarrecido com a provocação ou a leseira baré desta infeliz, fiquei calado e nutri ainda mais um ódio contra pessoas burras e sem cultura por opção própria.
Acho que, dar o rosto para ser batido por essas pessoas é pura idiotice, nem falei para essa verme, dos anos de estudo que tive na referida língua e muito menos falei sobre minhas preferências musicais que vão de Blues, jazz, música clássica até o bom e puro Heavy metal e suas demais vertentes. Preferi ao silêncio a ter que desenvolver palavras que fizessem gastar meu latim, pois sei que devemos oferecer nossas preciosas palavras com alguém que possa receber e digerí-las da melhor forma possível.
Ninguém tem culpa das pessoas serem burras e insuficientes no que se refere a cultura,ao saber, e aos bons gostos. Porém deve haver um bom senso do lado dos ignorantes que querem contaminar a pouca parcela da população que ainda tem cultura, com a sua incompetência e seus costumes antiquados e mal educados. Ninguém se importa se você escuta Mc Créu, Latino,Ivete Sangalo, Chiclete com banana (bem gay, esse nome não acham?)Calypso, Nx Zero (o clássico GLS, GAY EMOCORE) Forró( “-chupa que é de uva, senta que é de menta”) etc.. mas não venha ousar nos interromper dizendo que o que nós escutamos é fruto de gente drogada, imbecil e que não entendemos a letra da musica.
A música deve ser sentida, digerida e aproveitada ainda se fosse em uma língua extraterrestre. Se a música for de bom gosto e de melodia vibrante, podemos gostar e levar conosco como trilha sonora de algum momento de nossas vidas. Mas se as alguns “analfabetos culturais” não compreendem, dêem de presente para estes o CD da Eliana com aquela famosa musica dos Dedinhos, quem sabe eles não compreendem a letra dessa vez não é mesmo?

Namastê....

6 comentários:

disse...

Música é universal.... não importa a torre de babel que vivemos.
Preconceitos a parte, gosto é realmente uma coisa que não se discute.
Nunca gostei de Forró (o tal universitario), mas aprendi a gostar daquele baião gostoso que os regionalistas cantão.
Nunca gostei de pagode, mas adoro samba de raiz, aqueles com todas as percussões maravilhosas do nosso Brasilsão...
É uma questão de conhecer a qualidade em qq estilo que seja!

disse...

Cantão, não.... ''Cantam''..... falha nossa!!!

Henrique S. disse...

Concordo plenamente com vc na parte q nao podemos ter preconceito com música internacional e tudo, até pq eu conheço muito mais músicas internacionais do que as nossas.
Porém, acho de extrema bitolação as pessoas que como vc usam a música para mostrar status. Pessoas que gostam de heavy metal (como vc) enchem a boca p expor isso pra todos. Agora eu pergunto: o q faz o jazz, rock e mpb melhores do que samba, pagode e funk no quesito de nível de cultura de seus adeptos? Eu gosto de rock, jazz e folk e danço sim funk quando estou numa festa. Como vc mesmo disse, se a batida e melodia são boas, devemos sentir a música...então, só pq eu escuto funk ou pagode não quer dizer que eu sou traficante de heroína ou um vagabundo bêbado. Vc fala do preconceito da sua colega (sim, concordo q ela seja), mas faz a mesma coisa quando julga o nível "cultural" de uma pessoa pelo o que ela ouve.

Anônimo disse...

Cara gostei muito desse texto, na verdade seus artigos são muito bem escritos.

Anônimo disse...

Esses tabus e ignorâncias teimam em nos perseguir. O pior são os argumentos de sempre. E os rótolos de sempre nunca deixam de estar presentes.

E muitos dos nosso fingem entender letras ambiciosas da nossa música, ou dançam ao som de músicas nem tão bem trabalhadas.

FredericoVilela disse...

cara, tava lendo todos posts do seu blog, tava gostando muito , mas parei nesse ,que entendi sendo totalmente incoerente e preconceituoso.

"Vermes ignorantes dessa categoria, tendem a ser “ouvintes” de Forró (ritmo que só tem mensagens de prostituição,amor mal resolvido, chifre, cabaré etc) ou ser ouvintes de pagode (uma choradeira sem fim por causa de um ”romance” ou uma transa mal resolvida). Ou pode ser pior, ser “fã” de Calypso, uma bandinha clichê paraense que ninguém agüenta mais falar e escutar os falsetes irritantes da vocalista."

qual o sentido de reclamar de quem tem preconceito com musicas internacionais , e ser extremamente preconceituoso com outros estilos de músicas ? que pelo visto vocÊ não gosta, isso pra mim foi como se quisesse mostrar ser melhor que tais pessoas , o que entendi como um erro , mas não sei se voce me entenderá...