Não fui, na infância, como os outros
e nunca vi como outros viam.
e nunca vi como outros viam.
Minhas paixões eu não podia
tirar de fonte igual à deles;
e era outra a origem da tristeza,
e era outro o canto, que acordava
o coração para a alegria.
tirar de fonte igual à deles;
e era outra a origem da tristeza,
e era outro o canto, que acordava
o coração para a alegria.
Tudo o que amei, amei sozinho.
Assim, na minha infância, na alba
da tormentosa vida, ergueu-se,
no bem, no mal, de cada abismo,
a encadear-me, o meu mistério.
Veio dos rios, veio da fonte,
da rubra escarpa da montanha,
do sol, que todo me envolvia
em outonais clarões dourados;
e dos relâmpagos vermelhos
que o céu inteiro incendiavam;
e do trovão, da tempestade,
daquela nuvem que se alterava,
só, no amplo azul do céu puríssimo,
como um demônio, ante meus olhos.
Edgard Allan Poe
6 comentários:
Hm... me simpatizei com este hehehe... Poema que combina com a pessoa ja começa no começo!!!!
Abraços
Cisco
www.borarir.net
que bom q tenha gostado...
isso mostra que tudo está de acordo nesse blog que nada mais é o espelho de minha pessoa.
obrigado
Nossa... Profundo.
Solitário demais. Bem, não conheço solidão que não seja profunda.
Oi Túlio, mesmo sem me aprofunadr muito, adorei as imagens e este primeiro poema. Abraços e suxesso.
VOlto novamente com mais calma.
http://www.blogdaberenice.blogspot.com/
eu acho tudo o que o E. Alan Poe escreve muito triste, muito solitário e muito bonito...e é por isso que ele é muito bom, ele encontra beleza no sofrimento...
legal seu blog!
Alessandra...
vai no meu blog, que nem de perto é tão profundo como o seu, mas é por uma boa causa!
www.projetocabecadepano.blogspot.com
;)
Não conhecia este poema do Poe, mas achei interessante. Bem a cara dele... depressivo e incompreendido.
Para você ter uma idéia, dizem que o cara morreu de tanto beber numa mesa de bar..
Sei lá se é verdade, mas também é a cara dele.
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