
Enfim chegamos ao final de mais um ano, para alguns; um ano formidável, para outros um ano somente de aprendizado e que servirá de exemplo para os anos vindouros. Como é de costume; algumas pessoas fazem uma "triagem" nos seus objetos pessoais e analisam quais vão para o lixo ou não. Nisso incluem-se peças de vestuário, livros, papéis... e não é de se surpreender ao encontrarmos objetos "nostálgicos" escondidos no fundinho do armário. Nunca pensei que pedaços de papel escrito pudessem me fazer sorrir de um passado não tão longínquo.
Ao (re) descobrir aquilo tudo parei tudo o que fazia justamente para reler e me projetar naquelas situações, algumas boas outras nem tanto. Todas elas cartas de Ex-namoradas: Uma maluca, uma distante e outra moça bem marcante em todos os sentidos, porém casada.
A primeira, apesar de ser muito bonita e formosa, era uma "dor de cabeça". Só vivíamos brigando, tinhamos pouquíssimos momentos bons, ela era muito inconstante e tinha muitos "amigos gays" (era o despiste que usava para disfarçar os muitos amigos que possuía), além disso era uma pessoa muito dificil de conviver. O pior de tudo era que nossas famílias não se bicavam; o que dificultava bastante nosso contato nos poucos momentos bons que o universo nos proporcionava. A carta que encontrei da dita cuja, era um pedido cínico de desculpas depois de ter "curtido" tudo o que a vida oferece, no entanto ela estava arrependida e queria "voltar". Resultado: Não voltei, ignorei bravamente e cresci como pessoa, aprendendo a ter mais amor próprio pois continuar daquele jeito era se auto- destruir.
A segunda, na minha opinião era a mulher dos sonhos. Bonita, cabelos cor de cereja, mente aberta, inteligente, na época tinha 24 anos e ainda gostávamos dos mesmos estilos musicais: Heavy metal & Classic Rock. Por causa da paixão sobre este estilo, a conhecí através da Seção Correspondências da Revista Roadie Crew, revista referência no segmento, onde sem compromisso escrevi para essa seção desejando conhecer mulheres que gostassem de Heavy Metal e suas vertentes, e surpreendentemente recebi várias cartas ao redor do Brasil, porém foi ela que mais me chamou a atenção, primeiro pela beleza, depois pela personalidade de suas cartas e as prazerosas conversas pelo Messenger. Todavia, a moça vivia em Guarulhos-SP e nenhum de nós poderíamos no momento tirar os pés da sua cidade para viver algo mais intenso. Resultado: Cerca de 1 ano depois os contatos foram diminuindo, as cartas e os e-mails cairam na mesmice e.....Acabou!- Relacionamento à distancia não dá certo.
A terceira, era uma amiga de trabalho, novata, uma mulher que se vestia muito bem, era vaidosa e sexy... até demais. Porém era casada e vivíamos em risco duplo: Um por causa dos boatos que pudessem surgir na empresa, o outro era para não deixar pistas para ninguem mal intencionado estragar a vida de casada que ela tinha. Apesar de todos os contratempos, foi o romance mais interessante e gostoso de se viver.
A carta que encontrei era um relato bem humorado retratando a nossa situação e marcando um jantar no fim de semana, no fim da carta ela beijava com aqueles batons vermelhos (por mais que seja cafona, os homens adoram cartas com beijos de batom).
Tudo fluia muito bem, mesmo porque nenhum de nós exigia um do outro, somente momentos prazerosos enquanto estávamos juntos. Até que as fofocas começaram a surgir e tivemos que dar um tempo, infelizmente alguns meses depois fui desligado da empresa por problemas com a gerência que geraram um mal estar. Resultado: Houve um inevitável afastamento de ambos, e analisando bem foi só fogo de palha mesmo. Foi uma separação sem mágoa de ninguem... uffa, pelo menos uma na vida.
Ao ler todas essas cartas fiquei feliz, mesmo não sendo todas felizes. É muito bom sorrir do passado e aprender com ele e não viver só dele, pois o mundo flui muito rápido e nessas voltas que ele proporciona vamos continuar sorrindo, não com o que ja passou mas com o que passará diante de nossos olhos.
Feliz 2010 para todos meus amigos leitores e blogueiros!!!!!!!!!!!!
Namastê!!!