segunda-feira, 28 de junho de 2010

Hipocondria, o inferno psicológico


Há algum tempo atrás encontrei a real utilidade do Yahoo Answers. Não queria perguntar naquele espaço coisas sobre namoradas, sobre o tamanho do pênis e nem quando e como o mundo acabará, mas perguntei aos internautas algo muito sério que venho sofrendo há algum tempo, algo que corrói a mente de alguem: pensar que está doente; embora meus poros fluem saúde e vitalidade.


Nunca fui adepto de tomar remédios, ler bulas, ficar horas na internet pesquisando sobre males. Pelo contrário, sempre agí em contramão disso tudo, todavia, nos ultimos meses tenho mudado drasticamente de atitude. Minha saúde sempre foi ótima, é dificil pegar qualquer resfriado, porém vivo pensando que estou com alguma doença terminal. Qualquer queimação de estomago, dor de cabeça, dor na garganta, alguma espinha ou manchinha na pele; eu ja penso o pior: A morte.


Ao fazer uma simples escovação de dentes, noto que saiu um "fiozinho" de sangue é motivo de desespero. Até que pesquisando na Internet, fiz o questionamento sobre meus sintomas e meus comportamentos, até que um "abençoado" internauta, apresentando-se como psicólogo, afirmou que eu teria características próprias de uma pessoa com Transtorno Hipocondríaco, também conhecida como neurose de doenças, que o indivíduo interpreta qualquer sinal cardíaco, digestivo, dermatológico etc como risco eminente de morte ou doenças irreversíveis.


Sentí um alívio muito grande, mas só no momento, dias depois comecei a me perguntar: "-Será que ele tinha razão mesmo ou só queria me acalmar?" - Resultado, fiquei nervoso novamente.


Ao começar a tomar florais de bach, percebí que é mais uma neura minha mesmo, e que a saúde é uma das minhas maiores virtudes, notei que o yahoo answers não é so um fórum de perguntas fúteis, sobre o tamanho do penis, qual sapato devo usar , se minha namorada gosta de mim ou não... o Yahoo answers é cultura também, viva! Enquanto isso vou me reabilitando psicologicamente.



Namastê!!!!!!!!!


sábado, 22 de maio de 2010

Aniversários...


A priori, na infância, as datas comemorativas: Natal, Pascoa, Ano novo, Dia das crianças e Aniversário eram vistas como uma data mágica, duravam muito para chegar, tinha-se gosto para celebrar essa data tão esperada. Como os anos se passam, aquele colorido da vida infantil dá lugar ao cinza da vida adulta: Trabalho-dinheiro, dinheiro- trabalho, estudo e obrigações.

A idade voa quando chegamos aos 18, rápido chegam os 19,20,21,22... e o tempo que na infancia durava uma eternidade ja passa a anos luz. Nem temos mais o gosto de festejar aniversário... eu pelo menos não, pois perdeu a graça. Não significa que não tenho prazer pela vida, só detesto meu aniversário, aquela coisa arranjada que as pessoas fazem: palminhas, bolo, e cia. Pena que por mais que eu não divulgue, as pessoas que sabem estão aí propagando aos quatro cantos da terra, com a colaboração do Orkut que não deixa passar nada!

Lembro me quando fiz 25 anos, meu pai me congratulou: "-Parabéns meu filho pelo seu 1/4 de século". Nossa quase caio para trás, dizer que ja fiz um quarto de século quer dizer que ja estou chegando lá (na velhice). Aff, lembro me quando pulava de Pogobol, jogava Enduro no Atari, assistia Jaspion, Changeman e Spectroman e agora estou me formando e com 28 anos, a sindrome de Peter Pan não me deixa nunca.
O importante é viver bons momentos, estou em um ótimo agora, nos mais variados sentidos. É o jeito eu terminar logo esse texto, abrir uma Heineken, esperar o Bayer de Munique ganhar e escutar um Black Sabbath com meus amigos verdadeiros.


Namastê!

terça-feira, 11 de maio de 2010

Jogue o jogo



Diante de tantas opções no que se refere ao sexo oposto, é obvio pensar que ficar "sozinho" se dá meramente por opção. Ao passo em que há um leque de pessoas disponíveis para romances, namoros ou até mesmo uns ficas, as virtudes destas ficam em segundo plano. É raro encontrar alguém aprazível aos olhares que possuem qualidades vitais para que um relacionamento dê certo.


É necessário confessar que é muito chato ser exigente, escolhendo aqui, ali, e no final acabamos sós mesmo tendo boas opções. O que faz sermos tão criteriosos? O medo de pecarmos pela má escolha? O inevitável e abrupto término? Nem sei mais, todavia, é mais chato quando as pessoas perguntam pelo motivo que estamos sós, seja pela opção, ou pela falta dela. O ditado clichê que aduz que a beleza está nos olhos de quem nos observa, deve ser verdadeiro pela surpresa dos outros em saber que não temos namorados ou namoradas , cônjuges etc. Estas pessoas devem nos acharem deuses mitológicos que devem possuir sua consorte a tira colo.


Quem é criterioso sabe que diante de tanta escolha acabamos fazendo bobagem, vendo a merda acontecer lá na frente, mas já que somos humanos e erramos sempre... é um erro assaz necessário para nosso crescimento, talvez seja esse o motivo de tanto critério para com aqueles que vamos beijar, abraçar, e trocar fluidos corporais durante algum tempo. Isso é um jogo, as vezes perde-se, outras podemos ganhar. A graça nisso tudo está nos primeiros momentos, na paixão escondida, nos primeiros beijos, na descoberta... depois fica chato, é triste dizer isso.


Aquele friozinho na barriga, aquele comedimento em tomar a iniciativa, de dar o primeiro "toque" é maravilhoso. Sente-se "bem incomodado" mas depois isso se modifica para algo mais prazeroso, uma satisfação gostosa por estar sendo desejado e correspondido. Musicalmente as relações entre os sexos são julgadas como sendo jogos, como a letra da musica Play the game (Jogue o jogo) do Queen:


Open up your mind and let me step inside (Abra sua mente e deixe me entrar)
Rest your weary head and let your heart decide ( descanse sua cabeça fadigada e deixe seu coração decidir)
It's so easy when you know the rules (É tão fácil quando se conhece as regras)
It's so easy all you have to do (É tão fácil, tudo o que precisas…)
Is fall in love (… é se apaixonar)
Play the game (jogue o jogo)


É preferível ser um chato criterioso que tornar seus relacionamentos descartáveis, isso é fato. Em meio a tantos leques opcionais... estou abanando-me agora com algo bem proveitoso, gerando momentaneamente bons e refrescantes ventos. Tenho que aproveitar enquanto as regras do jogo estão sendo obedecidas, porque o furor ainda está em evidencia, o calor é recíproco, e a novidade colore os céus cinza que perduraram até pouco tempo. Vamos brincar, jogar, esse jogo intenso até que encontremos outros jogadores mais habilidosos (ou não) nestas caminhos tortuosos das relações entre as pessoas.


Namastê.



segunda-feira, 19 de abril de 2010

Show must go on!


Há tempos atrás, uma amiga perguntou me a razão de não escrever com assiduidade para este blog. Respondi que minha inspiração vem de coisas não muito agradáveis, sinto me melhor para escrever quando a melancolia, raiva e a depressão abatem este a quem vos escreve. Essas situações são como combustível que movem linhas forçadas pela incerteza, algo tão comuns em nós, meros mortais, tematicamente simbolizados pela mitologia hindu na figura da deusa Kali e sua era de destruição.

Desta vez escrevo-vos não pela tristeza, muito menos pela incerteza. A inspiração veio de fontes limbônicas como a raiva e a ironia decorrentes de arrependimento, remorso de pessoas que erraram em suas escolhas e desejam passar uma borracha no passado como se nossa existência fosse uma folha rasurada com lápis nº 2. O poeta Italiano Giácomo Leopardi, aduz bastante sobre o pessimismo e melancolia em suas obras :

“- É possível repousar sobre qualquer dor de qualquer desventura, menos sobre o arrependimento. No arrependimento não há descanso nem paz, e por isso é a maior ou a mais amarga de todas as desgraças”.

Não há inércia nas relações interpessoais, a relação causa e efeito é assaz verdadeira nos acertos, erros e insatisfações causadas por outrem. Quando oferecemos coisas boas, recebemos a em troca, ao oferecer a ingratidão, receberás o desprezo. O silencio é propriedade dos sábios, ao contrário do barulho e do estardalhaço causado pelos incultos, idiotas e imaturos (seria pleonasmo?). Só conhecemos verdadeiramente alguém quando passamos por momentos ruins:

“- Para conhecermos os amigos é necessário passar pelo sucesso e pela desgraça. No sucesso, verificamos a quantidade e, na desgraça, a qualidade”. - Confúcio

O silêncio é dado em troca diante de atitudes estúpidas e infames, brigar e espernear não são remédios eficazes diante de um revés, o tempo mostra quem prevalece. Ignorar o carrasco e prosseguir é o melhor caminho a se fazer diante de uma realidade insatisfatória, o show continua:

“O insucesso é apenas uma oportunidade para recomeçar com mais inteligência”- Henry Ford

Visto que Mahatma Gandhi dizia que: “-Primeiro eles te ignoram, depois riem de você, depois brigam, e então você vence”, fui ignorado e menosprezado, mas vencí... Só percebemos o valor da água depois que a fonte seca. Quem sente sede agora não poderá mais beber água da mesma fonte, pois a porta que dava acesso a fonte se fechou, infelizmente (ou felizmente!). A menininha ruiva está a solta, tenho que procurar por ela, independentemente das pedras que ganhar, antes disso,tenho que alicerçar novo projeto, novos vôos, terminar projetos antigos e ter a certeza que tudo está na vitrine a disposição, a fila deve andar e o azar pertence a quem nos perdeu. “O Show deve continuar, por dentro meu coração se quebra, mas meu sorriso continua”- Freddy Mercury, em sua composição intitulada Show must go on transforma em musica tudo o que eu quero dizer....

Empty spaces - what are we living for
Abandoned places
I guess we know the score
On and on, does anybody know what we are looking for...
Another hero, another mindless crime
Behind the curtain, in the pantomime
Hold the line, does anybody want to take it anymore
The show must go on
The show must go on, yeah
Inside my heart is breaking
My make - up may be flaking
But my smile still stays on

Whatever happens, I'll leave it all to chance
Another heartache, another failed romance
On and on, does anybody know what we are living for ?
I guess I'm learning (I'm learning learning, learning)
I must be warmer now
I'll soon be turning (turning, turning turning)
Round the corner now
Outside the dawn is breaking
But inside in the dark I'm aching to be free
The show must go on
The show must go on, yeah, yeah
Ooh, inside my heart is breaking
My make - up may be flaking
But my smile still stays on

Yeah yeah, whoa wo oh oh

My soul is painted like the wings of butterfly
Fairytales of yesterday will grow but never die
I can fly - my friends
The show must go on

I'll face it with a grin
I'm never giving in
On - with the show




Namastê.

terça-feira, 2 de março de 2010

Hora de rir, hora de chorar




Começar este texto com uma pergunta seria muito chocante e soaria clichê, mas quem nunca foi menosprezado na vida? Acho que ninguém atiraria a pedra. Ser subestimado é um malefício assaz perigoso para a formação de pessoas, cresce-se inferiorizado, infeliz e inseguro de suas atitudes. Todavia, existem aqueles que apesar das adversidades continuam trilhando seu caminho, ouvindo lorota aqui e ali, e apesar destas situações às vezes encherem seus corações de sentimentos ruins, eles permanecem intactos rumando em direção a pequena luz que temos no túnel das nossas adversidades.

Pessoas imaturas e incompreensivas tendem a julgar o outro de forma irresponsável ,tomando uma atitude infeliz, jogando fora todos os momentos felizes e de ternura que até aquela data existia. Existem situações difíceis na vida de qualquer pessoa, sejam eles por motivos profissionais, afetivos e financeiros que serão combalidos depois de perseverar firmemente nos objetivos que almeja. Menosprezar uma pessoa que antes se “amava” é algo muito ingrato e rasteiro ainda mais por escolher uma vida desregrada de festas e “pessoas novas” que certas vezes me levaram ao limbo da melancolia e tristeza, confesso.

Se existe algo que é muito valioso nas relações interpessoais é a amizade, pois os verdadeiros amigos que possuo me conduziram de forma excelente até tirar esse episódio infeliz da minha vida, continuei trilhando meu caminho sem estremecer, enfatizei meus textos, fiz boa parte de um trabalho grandioso e em contrapartida curti bastante, conheci novas pessoas e até amadureci com isso tudo. É curioso saber que os maiores ensinamentos que a vida nos oferece é oriundo das pancadas e das decepções, e aprendi que não se deve acreditar em “te amo´s” dados ao vento e declarações afins em momentos de alegria e descontração, pois tais sentimentos devem ser postos a prova em momentos cabais, o que não houve infelizmente. O que houve foi um menosprezo, ingratidão e todas as coisas negativas que os cercam.

A hora de rir chega, quando tudo se supera, quando se alcança o objetivo X, e o novo bate a sua porta calando a boca da oposição e de seus simpatizantes, calando até mesmo minha consciência já poluída com a corrente negativa dos vampiros existenciais que habitam meu viver. O melhor da risada ainda está por vir, enterrarei os fantasmas antigos e ares melhores estão por vir, não preciso de saudações de pessoas que me fizeram sofrer de algum modo e é a hora delas aprenderem a tratar melhor as pessoas com quem se relacionam, ninguém é descartável. O pior da risada é que terei que adiar a formatura, (Falarei disso em outro texto...)
O mundo dá muitas voltas e nem foi preciso girar tanto para que pessoas percebam que suas atitudes foram péssimas, e me sinto cansado de ser vítima de tanta gente irresponsável. Eu sou o homem, eu que tenho que ser o vilão, o lascivo, o baladeiro, eu é que devo não prestar, e não ser aquele que cuida, dá valor, lava a louça, faz a comidinha e faz massagens nas costas e que depois é surpreendido pela mesma pessoa que se mostra insensível, imatura e pensa que o que me faltava é por causa de preguiça e vagabundagem. O bom da risada está aí, na volta...

Resumindo tudo, é bom ressaltar que:

· Pessoas não são descartáveis;
· Não se pode magoar ninguém que não mereça
· A ingratidão nos relacionamentos é algo quase irreversível
· Trocar uma pessoa por coisas supérfluas é uma faca de dois gumes.

Preferiria estar errado, mas não posso fazer nada... não adianta admitir que fez merda, o que adiantaria era não fazer merda alguma.
Só quero aproveitar o momento feliz e rir bastante, pois eu mereço.
Namastê

quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Cartas do passado


Enfim chegamos ao final de mais um ano, para alguns; um ano formidável, para outros um ano somente de aprendizado e que servirá de exemplo para os anos vindouros. Como é de costume; algumas pessoas fazem uma "triagem" nos seus objetos pessoais e analisam quais vão para o lixo ou não. Nisso incluem-se peças de vestuário, livros, papéis... e não é de se surpreender ao encontrarmos objetos "nostálgicos" escondidos no fundinho do armário. Nunca pensei que pedaços de papel escrito pudessem me fazer sorrir de um passado não tão longínquo.

Ao (re) descobrir aquilo tudo parei tudo o que fazia justamente para reler e me projetar naquelas situações, algumas boas outras nem tanto. Todas elas cartas de Ex-namoradas: Uma maluca, uma distante e outra moça bem marcante em todos os sentidos, porém casada.
A primeira, apesar de ser muito bonita e formosa, era uma "dor de cabeça". Só vivíamos brigando, tinhamos pouquíssimos momentos bons, ela era muito inconstante e tinha muitos "amigos gays" (era o despiste que usava para disfarçar os muitos amigos que possuía), além disso era uma pessoa muito dificil de conviver. O pior de tudo era que nossas famílias não se bicavam; o que dificultava bastante nosso contato nos poucos momentos bons que o universo nos proporcionava. A carta que encontrei da dita cuja, era um pedido cínico de desculpas depois de ter "curtido" tudo o que a vida oferece, no entanto ela estava arrependida e queria "voltar". Resultado: Não voltei, ignorei bravamente e cresci como pessoa, aprendendo a ter mais amor próprio pois continuar daquele jeito era se auto- destruir.
A segunda, na minha opinião era a mulher dos sonhos. Bonita, cabelos cor de cereja, mente aberta, inteligente, na época tinha 24 anos e ainda gostávamos dos mesmos estilos musicais: Heavy metal & Classic Rock. Por causa da paixão sobre este estilo, a conhecí através da Seção Correspondências da Revista Roadie Crew, revista referência no segmento, onde sem compromisso escrevi para essa seção desejando conhecer mulheres que gostassem de Heavy Metal e suas vertentes, e surpreendentemente recebi várias cartas ao redor do Brasil, porém foi ela que mais me chamou a atenção, primeiro pela beleza, depois pela personalidade de suas cartas e as prazerosas conversas pelo Messenger. Todavia, a moça vivia em Guarulhos-SP e nenhum de nós poderíamos no momento tirar os pés da sua cidade para viver algo mais intenso. Resultado: Cerca de 1 ano depois os contatos foram diminuindo, as cartas e os e-mails cairam na mesmice e.....Acabou!- Relacionamento à distancia não dá certo.
A terceira, era uma amiga de trabalho, novata, uma mulher que se vestia muito bem, era vaidosa e sexy... até demais. Porém era casada e vivíamos em risco duplo: Um por causa dos boatos que pudessem surgir na empresa, o outro era para não deixar pistas para ninguem mal intencionado estragar a vida de casada que ela tinha. Apesar de todos os contratempos, foi o romance mais interessante e gostoso de se viver.
A carta que encontrei era um relato bem humorado retratando a nossa situação e marcando um jantar no fim de semana, no fim da carta ela beijava com aqueles batons vermelhos (por mais que seja cafona, os homens adoram cartas com beijos de batom).
Tudo fluia muito bem, mesmo porque nenhum de nós exigia um do outro, somente momentos prazerosos enquanto estávamos juntos. Até que as fofocas começaram a surgir e tivemos que dar um tempo, infelizmente alguns meses depois fui desligado da empresa por problemas com a gerência que geraram um mal estar. Resultado: Houve um inevitável afastamento de ambos, e analisando bem foi só fogo de palha mesmo. Foi uma separação sem mágoa de ninguem... uffa, pelo menos uma na vida.
Ao ler todas essas cartas fiquei feliz, mesmo não sendo todas felizes. É muito bom sorrir do passado e aprender com ele e não viver só dele, pois o mundo flui muito rápido e nessas voltas que ele proporciona vamos continuar sorrindo, não com o que ja passou mas com o que passará diante de nossos olhos.


Feliz 2010 para todos meus amigos leitores e blogueiros!!!!!!!!!!!!


Namastê!!!


sábado, 12 de dezembro de 2009

Another failed romance


A vida é cheia de surpresas, muitas delas negativas e que desestabilizam nosso bem estar. Pode ser a perda de um amigo, um parente, uma unha quebrada, seu time foi rebaixado ou como no caso: O término repentino de um namoro. É obvio que não podemos menosprezar um término devido a mudança significativa de hábitos, rotina e apego a pessoa que se amava... e daqui para frente?
Certamente quando somos mais jovens, a sensação de ruptura se torna mais enfática pois o sentimento é latente e avassalador e não estamos acostumados a tal. É comum a possibilidade de perdermos a paciência, fazermos besteiras e alguns extremistas tentam até o suicídio como forma de fugir da frustração que lhe abateram. Com o passar dos anos e com o vindouro amadurecimento passamos a evitar os erros anteriores objetivando o crescimento quando o amor bater na nossa porta novamente.
Já com o amadurecimento enraizado, almejamos ser melhor que antes: mais carinhosos, cuidadosos, gentis e por fim não poderia deixar de citar; melhorar a performance sexual; pois namoro sem sexo é amizade. Desde então caímos na armadilha da falsa estabilidade amorosa por causa das infindáveis noites de “conchinha”, momentos prazerosos... e quando em um belo dia através de uma ligação telefônica você é tratado de forma indiferente, resultando na pessoa pedir um tempo (para ver no que dá) pois o relacionamento não vai bem.
Momento que os reais motivos vem a tona, nota-se que houve um desgaste desnecessário, por outro lado a forma que a atitude é tomada é que trouxe mágoa; deixando a crer que fomos descartados, não servimos mais e o que passou já era, por estar cansada da vida a dois, almejando “diversões” noite adentro.
O positivo disso tudo é que foi mais um aprendizado, isso já consta na ficha cadastral da vida. Ela nos mostra que não devemos nos acomodar e não acreditar em “Te amo´s” dados ao vento, planos errados com pessoas idem; que não compartilham o mesmo momento que o seu, e acima de tudo a vida mostra que devemos nos amar antes de qualquer coisa e deixar que o tempo que fora pedido pela outra pessoa seja indeterminado, deixando a claro que nascemos nus e desacompanhados, e no percurso da vida quem nos abandona nunca teve a dimensão da nossa grandeza e quem perdeu foi ela. O universo que um dia a trouxe de forma inusitada para meu convívio, vai me trazer outra pessoa ainda melhor e todo esse momento obscuro não passará de uma longínqua lembrança, fruto de um tempo pedido de forma irresponsável, e que até uma amizade é impossível, pois não se pode ser amigo de uma pessoa que lhe descartou mais uma vez. Tomara que o ano termine logo, 2010 será o ano da virada em todos os âmbitos de minha vida.


Namastê.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Vampiros sociais


Os vampiros voltaram com força total no cinema e na mídia holywoodiana, quem sabe nunca desapareceram. A lenda bem sucedida do Romeno Vlad Tepes; o empalador, trouxe a fonte de inspiração para escritores, roteiristas e diretores de todo mundo que em meio a dentes pontiagudos, sangue, imortalidade, sensualidade, mistério e requinte, trouxeram rios de dinheiro a seus criadores. É evidente que o mundo adora os vampiros, muitos gostariam de ser um, e na verdade são, sem saber.


Longe dos adolescentes mimadinhos de Twilight e New Moon, existem no nosso pobre mundo real pessoas que não são imortais e muito menos chupam sangue, todavia são os chamados Vampiros Sociais; que sugam nossa vitalidade, alegria e disposição. E eles estão entre nós, muitos sem serem notados, só sentidos por nós através de um mal estar, repentina mudança de humor, e ligeira melancolia. Ao acordar bem disposto, a espera de um insight que irá mudar o rumo do seu destino, você dá de encontro com um vampiro social. Sua positividade vira cinzas logo nas primeiras palavras deste, sua motivação te abandona e um esboço de depressão se desenvolve rapidamente. Ao falar sobre algo que te motiva, o vampiro lhe fala o lado negro disso, ou simplesmente muda de assunto trazendo a atmosfera negra de seus problemas e limitações, logo você se irrita (-pô, esse cara estraga a conversa), você se entristece e logo é contaminado, em vez de ganhar imortalidade, ganhas é desmotivação.


Se tiveres sonhos na vida, fique longe dos seres que só vivem reclamando da falta de dinheiro, das pessoas que vivem falando de doenças e males (dores nas costas,de cabeça, coluna, resfriado etc.) daqueles que costumam falar de remédios, corra dos que se acham burros e que não tem mais jeito. Elencar todos os vampiros aqui levaria muito tempo e espaço, esses seres malfadados tem tanta raiva de si mesmo e de suas limitações que se sentiriam “melhores” que o próximo passasse pelas mesmas coisas só para dividir as histórias de frustração, de fraqueza e perda. Há uma fronteira muito estreita entre esse sentimento e o mau olhado, em doses cavalares você vê sua vida ruir, e por mais que não perceba, você e o vampiro são os mais novos amigos, compartilhando várias insatisfações cotidianas, pois semelhante atrai semelhante. E como o universo só conspira aquilo que aspiramos; nos tornaremos fracassados também. E eu como potencial vitima dos vampiros, já plantei minha pimenteira (para que ela seque ao invés de mim), evito gente que elogia muito, que paparica demais, porque muitos destes são vampiros disfarçados.


Nunca espere algo que não deseja, e nunca deseje algo que não espera. Quando você espera algo que não quer, está atraindo o indesejado (Dr. Raymond Holliwell. Eleven Truth Principles for Successful living).

Namastê.

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

O TCC e a saúde psicológica


Em meio ao alívio de perceber que mais uma etapa do seu curso superior vai chegando ao fim, de forma paradoxal o TCC bate na sua porta. E como muitos nem sabem o que significa essa sigla, não tem idéia dos cabelos a serem perdidos, as horas na frente de um PC, pesquisas em livros, citações, e a atualização forçada que tens que re-conhecer no Microsoft Word.

TCC significa: Trabalho de Conclusão de Curso. É Um estudo científico de uma questão bem determinada e limitada, realizado com profundidade e de forma exaustiva. É o pilar da Monografia, tema que falarei futuramente.

Para muitos jovens como eu: Marinheiros de primeira viagem, pois esta é minha primeira graduação, é evidente a dificuldade de debruçarmos sobre o assunto que gostaríamos de falar devido a gama de assuntos de relevância na sociedade hodierna, depois as delimitações, o problema (o questionamento sobre o assunto escolhido), Justificativa (o motivo de escolha do assunto), Hipótese (a solução do problema) enfim... E por último seguir religiosamente as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas.

Depois de horas a fundo, seguindo passo a passo tudo acima citado, chega a hora de mostrar a Professora orientadora de projetos. Você jura que aquilo está certo tintin por tintin, quando subitamente a mesma lê a primeira página, franze a testa e o cantinho da sua boca se torce ou quer dar um sorrisinho. Logo você pensa que ela não está aprovando alguma coisa, e por fim a tampa da caneta vermelha é tirada e seu trabalho vira um imenso território de rabiscos, correções, anotações do professor e por fim ela manda refazer o projeto quase que na sua totalidade.

Não seria tão nocivo à saúde psicológica, se essas situações não ocorressem com tanta freqüência. Chega uma hora que dá uma certa depressão por saber que tens feito o melhor naquela ocasião e ver a caneta vermelha preferindo uma palavra por outra, uma expressão por aquela ou até mesmo corrigir erros de formatação, é de doer à alma. Mas há um alento aos concluintes, quando eles percebem que a numerosidade de erros citados vai diminuindo, é como uma luz no fim do túnel, quanto mais se caminha, melhor se nota que o mundo exterior está cheio de luz.

Como é impossível prever certas situações na nossa vida, é preferível que no momento da confecção do projeto, devemos estar bem conosco, com nossa família, com nossos amigos, não ter muitas dívidas de modo que elas não influenciem na sua mente, não estar enfrentando uma nebulosa no relacionamento, etc., pois se estiver passando por isso, é muito provável que seu TCC seja um reflexo da sua vida pessoal: Um lixo.

Graças a Ganesha (que retirou os erros que me atrapalhavam) consegui aprovação. Sinto-me engrandecido porque agora sei que escrevo melhor, redijo com mais objetividade o que quero transmitir e me reciclei nesse sentido. Os sabichões que por acaso lerem esse texto devem estar achando que eu falo é demagogia. E os preguiçosos que se “formam nas coxas” pagam para terceiros fazerem o serviço que é por obrigação sua, talvez delegada a outros pela incompetência mental que subsiste nestes ou por falta de “tempo”, podem achar que depois de ler isso não vão querer “dar o sangue”. Depois disso, resta recarregar a paciência, beber água de côco, esquecer de tudo o que se passou de ruim na vida pessoal e seguir em frente, pois o trabalho ainda nem começou.

Namastê.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Finais de Novelas


No momento em que estava ligando o notebook para escrever algumas gotas de incerteza nesse malfadado blog, ocorria o último capitulo da novela CAMINHO DAS INDIAS; quase morro de rir... O personagem de Tony Ramos (Opash) e o de Lima Duarte (esqueci o nome) estavam desfrutando alegremente do maior fight; quando uma senhora (esqueci tambem o nome dela) com o intuito de parar a "festa" dos dois; e disse que o personagem de Lima Duarte era pai de Opash. Incrivel como os dois pararam, um beija o pe do outro e vira uma boiolagem sem tamanho.


Analisando profundamente a cena, fiquei pasmo com tanta mediocridade de quem escreve esses capitulos.


Primeiro: Que hora absurda essa senhora resolveu contar a historinha so para salvar a pele do velhinho.
Segundo: Quando que esses mediocres escritores de capitulos vao parar de entupir as novelas de pais que não conhecem os filhos e vice-versa. E no momento mais idiota eles se conhecem e vira aquela babaquice e chororo. Ninguem merece.
Terceiro: Toda novela tem casamento no final. Ninguem mais aguenta! Durante a novela acontece o inferno na Terra e no final todo mundo casa, o esquizofrenico consegue casar com a menininha. Pior do que isso só uma dose de cachaça pura em pleno clima "ameno" daqui de Manaus.
Quarto: Até quando a atriz Neuza Borges vai parar de interpretar personagens secundários?: Empregada, Empregada, Empregada....
Quinto: Os vilões de novela sempre acabam loucos ou presos no final... bem previsivel né?
Sexto: Quando os finais felizes das novelas terão finais menos idiotas?


Se eu enumerar os itens... esse texto sera imenso... Pena que ao acabar uma novela, na segunda ja tem outra de pior qualidade. E a cultura nesse país vai pro buraco.



Namastê.













sábado, 22 de agosto de 2009

Ou dá ou desce!





Parece trecho de uma “musica” de forró daquelas bem bregas, mas engana-se; é um dos princípios basilares da IURD- Igreja Universal do Reino de “Deus”(?!) . A formação dos pastores, obreiros e demais colaboradores desse banco ops!... Igreja;é fundamentada em pedir (diga-se obrigar) o povo a dar dinheiro em troca de uma “grande libertação” que será dada por Deus, que promoverá a riqueza e abundancia na sua vida. Mas como o povinho é idiota e acredita em milagreiros e profetas de beira de esquina... oferecem o pouco que ainda tem (talvez o salário do mês ou a indenização de anos trabalhados com muito suor no PIM) com o objetivo de saciar a fome do bolso daqueles luxuriosos pastores, o pecado já começa ai.
Desde quando “entendo me por gente”, já sabia que a Igreja evangélica era um antro de pessoas gananciosas e ávidas por dinheiro e que o cristianismo era colocado em segundo (ou terceiro) plano e sempre posto de forma errada para acorrentar seus fiéis na base do medo e da ignorância. O óleo santo de Israel é uma pilantragem sem tamanho que me faz rir bem alto sempre que me vem a mente, ai que Fogueira santa hein? Queima Satanáiz (sic) só para angariar fundos dos pobres e comprar jatinhos e financiar seus palácios residenciais. Em uma de suas “graduações”, Edir Macedo ensina a PEDIR veementemente dinheiro, e que tanto faz se a pessoa não tem, ou dá ou desce! (seria pro inferno?)
A constituição brasileira tem como cláusula pétrea; a Liberdade de Culto prevista no Art. 5º,VI, resultando na Imunidade Tributária Religiosa com o intuito de incentivar a espiritualidade dos cidadãos não obstando tributos a sua inteira funcionalidade essencial. Porém, nem tudo são flores; enquanto que no mar de rosas da Carta Magna há a imunidade tributária para os cordeirinhos... os lobos aproveitam a oportunidade para enriquecer ilicitamente à custa de pessoas tão sofridas e que não precisaram de tanta lavagem cerebral para “abrir a mão” pois a vida já lhe maltratou tanto e procurou alguma chance de melhorar, pena que em mãos erradas.
É de se enojar de ver o Sr. Edir Macedo rindo e fazendo caretas contando o dinheiro da população sentindo quase um êxtase sexual vendo as “verdinhas” perderem de vista. Pior que ninguém escapa, nem os deficientes mentais. Para os mais fervorosos dizimistas que favoreceram essa quadrilha; eles ainda se preocuparam de Diplomar um cidadão deficiente mental, ainda por cima com a assinatura de Jesus Cristo (é mole?) esse Jesus é paraguaio já sabemos!
Incrível afirmar que a IURD ganha do Trafico de drogas, do Mensalão e diversas pilantragens e maracutaias existentes nesse mundo vil. E ainda ganha em nome de Deus . Fico pensando as vezes... porque Deus não fala? Porque ele mesmo não acaba com essa encarnação dos pecados capitais? A Luxuria Universal? Espero que Deus fale por meio do Ministério Público e da Justiça em si e se Deus for mesmo bom e estiver em toda a parte, ele acabará com essa farsa maldita e continuaremos a “viver felizes para sempre”, pois já basta o ladrão que te surpreende na rua, já basta o aumento na tarifa de ônibus, o aumento na cesta básica etc. Pelo menos o IPI diminuiu, mas o dizimo aumentou; culpa da Fogueira Santa de Israel.



Namastê.


quinta-feira, 30 de julho de 2009

Quero ser um funcionário “Fantasma”


Cansei de ficar criticando e sentindo inveja das classes mais favorecidas já faz tempo. A atitude mais correta que podemos fazer é trabalhar e muito. E estudar também, para desenvolver da melhor maneira seu ofício e ser bem sucedido.


Mas é de se indignar ao ver o Telejornal e ouvir aquela historinha repetida: “Laranjas”, “empresa fantasma” e “Funcionários fantasmas”;que recebem (boas quantias em dinheiro) sem trabalhar. Os mais velhos já diziam que: “-Dinheiro fácil, vai fácil” pena que esse ditado não pode ser aplicado nessa situação porque a “farra” com dinheiro público sempre existiu e somos incrédulos em pensar que um dia acabará. Trabalhamos tanto, 365 dias por ano;e nosso mísero salário (comparado com os salários do “além”) não cobre muitas vezes as despesas básicas. Nas classes menos favorecidas; esse “dinheiro” é chamado de Salário Menstruação (só dura cinco dias). Aliás será que esse “dinheiro” que vai rápido é fácil de se conseguir?


· Vejam só, como é uma maravilha ser um funcionário fantasma:
-Não temos que pegar o trânsito infernal para chegar ao trabalho.
-Não temos que ficar recebendo ordens de pessoas mais burras que você.
-Nem meio expediente cumpriremos.
-Acordar cedo? Pra que?
-Trabalhos cartorários??? O que é isso?

·
Infelizmente só há um ponto NEGATIVO:
- Ter que esperar o fim do mês para ir no caixa eletrônico sacar.


Na cultura tupiniquim existe uma erva daninha chamada “jeitinho brasileiro”. Esse “jeitinho” é capaz de mover céus e terra, empregar namorados de nossas netas, promover “atos secretos”(dá ate medo de saber quais atos seriam estes..rsrs)farra das passagens etc. Afinal, atire a primeira pedra que nunca se prevaleceu por causa do “jeitinho” hein?


Aqui na Terra média (porque vivemos em um mundo de fantasia), é sempre possível ser corrupto e ainda ser elogiado: “-Ele rouba, claro!, mas faz.” Isso é a cultura do nosso povo, podemos fazer tudo o que não presta e sempre seremos lembrados de forma positiva. No “mundo dos trouxas”(Europa,Ásia e America do norte) o desvirtuamento é punitivo sumariamente, alguns até com pena de morte, como é o caso da China. Em 2008, o Presidente da Coréia do Sul Roh Moo Hyun não precisou ser punido por ninguém por denuncias de corrupção; ele mesmo atirou-se em um precipício simplesmente por ele ter tido vergonha na cara. Quem d´era se essa moda pegasse por aqui.


Mas como já estou fazendo minha campanha para este cargo tão concorrido,tenho que puxar o saco dos corruptos do nosso país. Então o que será preciso? Acho que mandarei meu currículo para o RH do Congresso Nacional (afinal devo ser mais instruído do que os caras que eles costumam “ empregar”). Quando estudava Língua Inglesa tinha o sonho de estudar e trabalhar no exterior, mas nunca consegui. Tomara que, com meu futuro cargo fantasma eu possa conseguir fazer parte da farra das passagens e poder viajar para a terra da rainha (e torcer que ninguém me confunda com um terrorista fundamentalista islâmico).


Não existe a maneira de ser orgulhoso desse país tão deficiente. Tenho é raiva quando o time do Bernardinho ganha e o time do Dunga também, porque falam exaustivamente de orgulho de ser brasileiro, beijar a camisa amarela e afins... enquanto nós que estamos na Terra média viajando na maionese ouvindo o famigerado Galvão Bueno falar suas pérolas, estamos perdendo nosso tempo e nervos torcendo para um bando de gente que nem aqui mora. E o nosso salário óóó...


Juro para vocês, quando for convocado para assumir o FUNCIONALISMO FANTASMA juro que vou amar o Brasil com todas as forças. Mas minha caminhada não para por ai, vou lutar ainda pelo meu Mensalão (que nunca recebi), pelas minhas passagens aéreas, vou arranjar uma vaguinha pra minha mãe “na cota destinada ao nepotismo”para falar comentar sobre a novela das Indias durante o “expediente” enquanto olha no relógio querendo ir embora. Quando conseguir isso terei inúmeros motivos para acreditar nesse país belo e que vai me agraciar com o único salário justo desse país : O do FUNCIONALISMO FANTASMA.

Namastê.


quinta-feira, 23 de julho de 2009

Amor de morte



É incrível como só buscamos valorizar algo quando perdemos. Nossa natureza é super masoquista; enquanto se pode ter; se esnoba. Quando se perde; se valoriza. Todos sabemos disso quando levamos um pé na bunda daquela pessoa que se doava, nos cuidava e nós por sua vez ; só tínhamos vontade de sacanear. Depois do chute derradeiro nossos olhos se enchem de água e bate aquela saudade ,choramos no telefone pedindo para voltar, mas já é tarde; perdemos! E desde ai começamos a gostar de verdade e a valorizar a outra pessoa por todas nossas faltas.


Anos passados, tinha uma colega que odiava seu pai. Evitava até mesmo chamá-lo de pai. Quando era obrigada a lhe dirigir a palavra; chamava-o pelo nome, de forma fria. Os tempos se foram e o pai teve um problema de saúde decorrente da idade e veio a falecer. No velório do dito cujo, minha colega amargurada ,aos prantos dizia perante o corpo: “-Papaiiii!!! Não se vá!!! Eu te amo! Quero ir junto contigo aaaaaahhh!


Um comediante famoso (que também já morreu e se tornou famoso após sua viagem ao além) tinha uma piada que sempre constava em seus shows, que era baseada em um diálogo entre o homem e a sua esposa discutindo a relação: ELA: “ -Você não me procura mais!”;ELE: “-Você não se esconde!” ELE (novamente): -“Você está reclamando de barriga cheia, meu amor por você é que nem o amor de ROBERTO CARLOS para com MARIA RITA”; ELA: “-Pois prove!!!” ELE: -“ Pois morra!!!” . Quem não se lembra disso hein? Roberto Carlos (que nunca mais lançou nada novo), só foi a mulher morrer que ele teve a “inspiração” de compor uma música para a mesma. Em outras palavras;ela teve que morrer...


Eis um exemplo clássico do que estamos falando: MICHAEL JACKSON. Fazia um tempão que ele não aparecia na mídia, quando aparecia era de forma depreciativa, todo mundo queria tirar uma lasca do artista, por causa das suas operações plásticas, da mudança de cor, os escândalos mentirosos de pedofilia etc... Jogaram a música e a dança que ele criou no lixo somente por causa de uma sujeira que fora criminosamente reciclada pela mídia e com isso vários aproveitadores puderam lhe tirar alguns milhões de dólares. Quando este estava reorganizando sua vida para dar a volta por cima.... pufff! O cara morre! Bastaram algumas horas depois da sua morte para que a mídia (aquela mesma que o derrubou) carregasse pelos braços sua imagem e lançasse a nova” febre Michael”. Rapidamente recordes de discos vendidos foram batidos mundialmente, e o mundo morreu junto com ele. Repito, ele teve que morrer....


É de praxe para nós brasileiros lermos noticias sobre improbidades administrativas, nepotismo, envolvimento de parlamentares com o tráfico, “laranjas”, o emprego de gente que nem aparece para trabalhar no Congresso recebendo mega-salários etc... Mas gostaria de apostar meu dedo mindinho quando SARNEY ou qualquer um desses velhinhos Senadores coronéis de barranco morrerem. Tudo será “maqueado”, o Brasil vai ficar de “Luto” por 3 dias e o Maranhão (coitado, Estado com os piores índices de desenvolvimento) vai chorar lágrimas de sangue e a mídia vai dizer que o defunto era o maior político do país. Novamente digo, ia ter que morrer...


Devemos valorizar a vida e todos que nos cercam, temos que pelo menos nos esforçar para gostar das pessoas enquanto elas estão no plano físico, porque quando elas desencarnarem não adianta mais querer ser enterrado junto e ficar dando vexame no velório, porque além de ser feio, as pessoas vão achá-lo a falsidade em carne e osso. Não espere levar o pé na bunda para reconhecer o quanto gosta e depois ficar bebendo cerveja barata e ligar de madrugada pedindo para voltar.... é feio, já disse! Ainda bem que dou valor ao que eu tenho, amigos, namorada, pais e até colegas (os que eu não sou muito chegado) para não ter a cara de pau e depois dizer: Pô ele(a) era legal, e no fundo ter remorso de não ter podido aproveitar a chance de viver bem com todos.
Namastê................

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Shadenfreude...


A baixa autoestima aliada com o sentimento de inferioridade costuma provocar uma miscelânea de sensações ditas “pecaminosas” naqueles que tem como parâmetro o seu semelhante, seu vizinho, seus colegas de trabalho etc. Essa sensação maldita se traduz em ódio quando seu semelhante é um pouco melhor que você, no sentido de ser bem mais apessoado, ter melhores condições financeiras, se vestir melhor, e ter uma certa independência na vida, seja ela profissional ou pessoal.
A inveja quando está no estágio inicial é construtiva e fica apenas na esfera da admiração. Nesse caso o invejoso dificilmente deseja a desgraça alheia como combustível para sentir-se melhor e mais confortável em relação ao outro. Essa inveja “construtiva” é mais comum em pessoas que não possuem baixa estima nem sentimento de inferioridade, e ela até serve como parâmetro para melhorar em vários aspectos da vida; ou seja: Estudar mais, trabalhar com mais afinco e até vestir-se melhor.
Certo dia uma Fada encontrou uma moça bastante invejosa de seus colegas de trabalho e lhe ofereceu um pedido que lhe seria concedido desde que seus colegas recebessem o dobro. A invejosa por sua vez não mediu esforços e pediu a Fada que lhe retirasse um olho. Moral da historia: o prazer de ver o outro prejudicado prevaleceu sobre todas as coisas, inclusive sobre seus desejos de melhorar sua vida.
Shadenfreude- palavra alemã que dá nome ao sentimento de prazer que o invejoso experimenta em presenciar o infortúnio do invejado são denominações mais comuns do que imagina, e se traduz naquelas pessoas que se mordem por todo o corpo só porque sua nota de Direito Tributário foi maior do que a delas e ainda “caluniam” dizendo que foi cola passada pela garota mais estudiosa da sala que senta no fundão. E no caso mais grave, seria iniciar uma campanha difamatória na surdina aqui e ali desestruturando seus pilares em uma repartição, resultando em uma mudança de comportamento das pessoas e assim ser deixado na geladeira... se é assim que posso concluir.
O invejoso jamais vence nas suas “empreitadas” malignas. Sempre ele será frustrado porque sabe que ele é inferior e mesmo vendo que seu “algoz” sofreu alguma perda;o mesmo sempre será melhor e se reerguerá de forma gigantesca que somente a sombra deste cobrirá o invejoso impedindo assim que ele alcance a luz do sol que o clareia sempre. O sorriso “por dentro” do invejoso é curto e sem graça pois ele mesmo sabe que não venceu. Hoje estou bem mais feliz onde estive e sei que meus caminhos estão abertos, falta só escolhê-los.
Não adianta macumba e mandingas em geral, sempre seremos invejados por aquilo que somos, alcançamos ou porque temos potencial para fazer. O unico jeito é constantemente tomar banhos de sal grosso para tirar o mau-olhado e seguir em frente independente de quantos incompetentes que possam te "secar" durante essa caminhada.


Namastê.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

A indesejada novamente....


Passam meses e anos e ela continua a me visitar. Ficaria muitíssimo feliz se fosse alguém interessante e bonita.... ah se fosse!. Uma indesejada visita,que por mais que te acompanhe por 5 minutos,parece que passou 5 infinitas horas te enchendo o saco e te colocando ainda mais para baixo. Infelizmente; não se trata de horas ou minutos, tratam-se de dias e dias até que ela resolva ir e retornar posteriormente, quem sabe daqui há alguns meses.


Mal acompanhado permaneço quando chegam as “datas” (malditas) levando me a crer que o tempo passou . Consequentemente essa má companhia me diz baixinho no ouvido que envelheci, que a minha pele ficou um pouquinho mais enrugada e dizer para a pessoa má educada que os dígitos de registro da minha existência mudaram (mais uma vez) na contagem da vida.


Tempos atrás tinha a falsa impressão de que minha vida era imutável. Sem grandes descobertas, tinha a sensação de vazio, talvez por causa disso eu tenha atraído para meus dias a minha companheira indesejada, que insiste em roubar meu sono somente para me deixar acordado nas madrugadas sombrias para acompanha-la, até o sono me vencer bravamente,deixando a minha indesejada companhia mais uma vez sozinha.


Semanas antes do que se chama “aniversário” (que nem deveria ser comemorado, pois é a data que entramos nesse mundo-cão) essa “mulher” arruma a sua maleta,com o intuito de passar dias comigo, com alguns pertences: um cobertor de tédio, vestimentas de chatice, e um chapéu de tristeza. A melancolia começa antes da sua chegada, pois sei que será uma longa jornada passar ao seu lado e tenho que somente me (re) adaptar a sua chegada.
A síndrome de Peter Pan conduz me ao marasmo e a tristeza de viver mal acompanhado e acorrentado (talvez) permanentemente. Datas de aniversário e festas de fim de ano são boas desculpas para entorpecer-me de algum modo,pois não dá para agüentar a idiotice de viver mais um ano e me lembrarem dessa data. Desde agora introduzi algo bem intenso na memória:
-Esquecerei-me das datas, nunca precisei delas, a não ser para receber dinheiro e coisas afins.
A indesejada, é uma mulher velha, gorda e ignorante. Se chama Depressão, e so me acompanha quando o tempo (de novo ele) resolve me dar uma insígnia de “experiência” , mas junto com ela vem a perda da jovialidade e uma interrogação enorme.... e agora?


Enquanto essa “mulher” não vai embora,tenho que me conformar (e acostumar-me)atender por novos dígitos quando perguntarem por minha idade e esquecer que os 30 estão bem próximos, bem mais que imagino... bom, já esqueci.

Namastê.

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Quem precisa da Igreja Catolica?




A polêmica, há pouco tempo atrás fora chamada a “dar as caras” novamente na mídia nacional. Seria mais um caso de estupro se não fosse a famigerada Igreja Católica excomungar os pobrezinhos médicos que salvaram a jovem de um pesadelo: A gravidez inesperada, ainda mais nos moldes que fora alcançada, na base da violência e da covardia.... todavia o “buraco”(sem duplo sentido) ainda é mais embaixo.


Com o discurso infame, ultrapassado e oportunista , a Igreja católica teve a “brilhante” idéia de Excomungar os médicos envolvidos no aborto em que a jovem fora submetida. Prato cheio para aqueles manifestantes idiotas de fim-de-semana (quem sabe de dias úteis também) colocarem cartazes a favor da vida, se crucificarem em sinal de protesto, enfiarem um bisturi naquele lugar para tentar “simbolizar” o aborto cometido e aparecerem no Jornal Nacional (é claro, para mostrar pro vizinho ou para namorada piriguete que é militante de alguma coisa que preste). Ah.. nação de hipócritas!


Em falar de hipocrisia, a Igreja Católica parece que não se lembra do silêncio que fez à época do Holocausto. Não se pronunciou momento sequer, talvez tenha até contribuído com o “desaparecimento” de seres humanos, o Papa Pio XII que o diga. A igreja católica contribuiu não somente nisso como na “Conversão” sangrenta que fez com os gentios, que viviam por aqui felizes e saltitantes antes da chegada dos Europeus. E nesse momento bate o pé por uma causa sensata e ética.


Há de se colocar uma pá de cal nessa inversão de valores predominante por causa da religião. O Brasil é um Estado laico não depende de dogmas e leis divinas. O bem da vida que a Igreja é sempre atrelada; deve ser preservada, mas de forma racional e dentro da lei. É irracional e medieval obrigar uma menor, vítima de violência sexual conceber uma criança, obviamente, não planejada. Pronto! La vem o Arcebispo e bummm!!! Excomunga os médicos que salvaram a vida física da menina e a tiraram de um pesadelo de ser mãe de “frutos” malfadados ainda sendo criança.


-Pergunta-se, o estuprador, fora excomungado? Resposta: NÃO, ele foi Perdoado (pode rir se quiser).
-Pergunta-se, será que a Igreja não teria noção de que seria a vida de uma criança ao ser mãe aos 9 (nove) anos de idade?
-Pergunta-se, para que tanto furor em Excomungar os Médicos? Será que essa tal Excomungação é tão necessária assim? Quem precisa da Igreja Católica? Para que serve?


Já vou chegando a quase 27 anos de idade, e nunca precisei de nada da Igreja para viver e ser feliz. Não precisamos ir a missa aos domingos de manhã ouvir coros desafinados de cânticos de gente que só vai até o local para paquerar e outras segundas intenções. Não precisamos ouvir o Padre (possivelmente pedófilo ou pederasta) dar o Sermão hipócrita. Não precisamos ir às novenas nas terças para se entediar com um monte de velhas desafinadas cantando : “No céeeeuu, no céeuu, com miiiinha mãaee estareeeeeeii, junto a Virgemm Mariiiiia, no céu triunfareeei” .E por fim (gostaria de falar mais) não precisamos receber a hóstia (o tal do corpo de Cristo) aquilo é somente um simbolismo idiota, que derrete na boca e C´est Fini. E muito menos, nos confessar ao padre (aquele de novo) pois Deus, já sabe das nossas sacanagens de cor e salteado e já sabe quais ainda pretendemos fazer.


Os dogmas e imbecilidades dessa denominação religiosa que ousa ditar como devemos ser , age em contramão à evolução da humanidade dizendo NÃO aos métodos contraceptivos e consigo à prevenção de doenças. E por sua vez diz NÃO novamente à possibilidade de “cura de pessoas mortas ainda em vida” que padecem por anos infindáveis em cadeiras de rodas ou vegetando em uma cama fria em que a Igreja resiste em protelar sua opinião contra a pesquisas de células embrionárias com o mesmo discurso oportunista e retrogrado a favor da Vida (ou seria a morte?)


Eu, forçado pela minha mãe, fiz a 1º comunhão e a Crisma, que idiotice... me dá arrepios só de lembrar, acho que fiquei 10% mais idiota. Só fiz porque ela me vivia me forçando a ir para a Igreja, do contrário ela me proibiria de jogar futebol ou de videogame com os amigos. Acho sinceramente, que até mesmo Jesus (se existir) se envergonharia dessa babaquice que ainda insiste em simbolizar sua imagem pregado e humilhado nas paredes de seus templos.. mas ele fica calado, lá em cima ou onde estiver, para não causar bafafá (ou zumzumzum como diz o Flávio) senão até mesmo o próprio Nazareno poderá ser excomungado pelo Arcebispo, ou pelo Papa se ele for chique.


Sentirei me realizado e emocionado se algum membro do alto clero da Igreja tiver a oportunidade de ler esse texto e me excomungar dessa leseira baré, que é a Igreja católica.


Vamos comprar camisinha de morango, de banana, de uva etc..., apoiaremos as pesquisas com células tronco, pois estas representam realmente a Vida. Vamos à balada no sábado a noite e acordar só ao meio-dia de domingo ao invés de acordar cedo e ir a missa . Vamos estudar e crescer mentalmente ao invés de perder tempo e neurônios indo a Novena e fazendo a 1º comunhão. E se um dia forem contribuir com alguma pesquisa sobre a religião que possuem (se não tiveres alguma) digam que não possuem, ao invés de dizer que são católicos. Tem vezes que acho os Evangélicos tão “fofos” em comparação com a Igreja Apostólica Romana...o nome é até bonitinho, mas... já disse tudo.

Namastê.

sábado, 18 de abril de 2009

Deja-Vú ou Clarividência?


Existem vezes que simplesmente “do nada” imagens e fatos surgem na nossa mente e lá permanecem até acontecer na realidade, bem ao alcance dos olhos,ou até mesmo podemos vivenciar esses acontecimentos antes visualizados. É de ficar intrigado como tais imagens são geradas na mente e que com os dias vão se materializando. No caso das más imagens que gerarão acontecimentos não tão agradáveis assim, temos a sensação de “Ah.. que nada isso é bobagem, isso nunca vai acontecer, Deus me livre”. Pagar para conferir é um convite a frustração, se assim posso classificar dessa forma.

Feriadão da Páscoa chegando, convites sendo feitos para um certo passeio até o interior para curtir “novos” ares, novas conversas... etc. Porém ao chegar o derradeiro momento da ida, o dia lhe dá “as boas vindas”- um tempo lindo e maravilhoso: céus cinza gravite, ventos fortes, e claro uma chuva pesada daquelas que qualquer dorminhoco gosta. Mesmo assim, ignorando os sinais da natureza fomos em busca do inusitado, daquilo que poderia ser um bom programa para a páscoa, em vez de ficar em casa assistindo aqueles filmes manjadíssimos da década de 70 sobre a crucificação de Jesus. Sei que vou receber críticas ferozes, mas assistir qualquer filme sobre a paixão de Cristo é como ver o Titanic, você já sabe que no final vai bater no Iceberg e afundar, bem como Jesus vai ser crucificado e Barrabás vai pular de alegria porque não foi escolhido pra morrer e foi tomar todas para comemorar em algum boteco da época... hahaha... que humor negro.

Na estrada, fomos recebidos novamente por aquela chuva agradabilíssima que jamais interferiu na visibilidade e na aderência dos pneus. Momento que ao pegar no sono (porque a freqüência da rádio não era alcançada e dava um tédio enorme, sem ter nada pra falar) tive uma pequena visualização do que poderia ser o restante da viagem: Imagens de acidente, capotamento e coisas do tipo. Algo bem tenebroso.

Resistindo bravamente a chuva, chegamos na “terra prometida”. Sem nenhum sinal de sol, calor, corpos bonitos (femininos, é claro, a não ser da minha namorada). Somente um certo frio, um céu cinza gravite, e um cara totalmente enrolado que nos deixou esperando no hotel (legalzinho, por sinal) por cerca de horas para nos conceder um quarto. Pouco tempo depois, ávidos por adrenalina, fomos até as corredeiras... ao chegar lá, deparamos com a água gélida, gente feia tirando fotos de cima de árvores e fazendo caras e bocas (com certeza para por no Orkut e depois aparecer na Comunidade Piores Perfis do Orkut-PPO), mesmo assim foi excelente,apesar do frio e da falta de “fortes emoções” que viriam mais tarde sem dúvida.

Dia seguinte, após tomar café e visualizar alguns rostos das pessoas hospedadas ali. fomos novamente as corredeiras, ai notei que não tinha trazido roupas suficientes, mesmo assim com as roupas molhadas do dia anterior fomos novamente nadar, conversar, falar bobagens, tirar fotos (daquele monumento Non sense que fica na praça) e das placas ridículas que tinham naquele lugar.. afff. Depois de almoçar, tivemos a brilhante idéia de voltar à Manaus, contudo a nossa companheira, Chuva, nos acompanhou até o momento crucial.

Dormi novamente, a chuva caindo, e os pensamentos vieram á cabeça, os mesmos de antes: Acidentes, capotamento etc..., com a intensidade deles na minha cabeça, acordei. Poucos minutos depois, ao ultrapassar um carro, perdemos o controle e “Bum!” capotamos. Por sorte, que ninguém se feriu, somente eu que estava atrás bati as costelas e a região do peito no impacto, mas foi bobagem.


Ao sair com dificuldade do carro, fui notar que tínhamos capotado em um local que tinha muito mato e lama, que talvez tenha “amortecido” o impacto. Meio grogue com tudo isso, notei que muitas pessoas pararam para nos ajudar, e ao ver seus rostos, quase na totalidade eram os mesmas pessoas que estavam no café da manhã e outros que já conhecia de “outros carnavais” me senti na Ilha de Lost por causa disso. Foram totalmente gentis conosco, deram nos apoio psicológico no meio da estrada etc.. e até chamaram o guincho.

Não foi uma das mais agradáveis sensações, mas ai pude perceber como a mente pode dar sinais de um acontecimento as vésperas de acontecer. Talvez fora um deja-vú um certo tipo de Clarividência, mas fiquei intrigado... não quero ficar prevendo as coisas como a mãe Diná e essas coisas, mas ... é algo inusitado, e que beira o absurdo. Ou talvez seja “castigo” divino porque zombei e comparei os filmes de Jesus como o Titanic. Ou que ao sair de Manaus dissemos em plena semana santa que iríamos comer Picanha e Carne de Sol ao invés de peixe. haha.. que coisa.. espero que nunca mais aconteça, porque eu não ressuscito ao 3º dia nem a pau...

namastÊ

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Rótulos de relação...


Uma das mais naturais atitudes que fazermos, é a de rotular. Rotula-se tudo, desde as embalagens dos produtos até os relacionamentos que possuímos. Quando crianças, rotulávamos qualquer menino ou menina que porventura brincasse conosco, de meu “Amigo”. No entanto, ao terminar a brincadeira, o tal amigo vai embora levando consigo a bola de futebol ou o carrinho de brinquedo, e com o passar dos anos vamos percebendo que aquele não é nosso amigo, e sim um COLEGA ou seja, uma pessoa de ocasião, de momento.


Adentrando na contramão no conservadorismo dos nossos pais e avós, hoje rotulamos os FICANTES (um tipo de colega) a que serve para algum momento esporádico. Também existe o tal AMIGO(A) ÍNTIMO(A): aquela pessoa que você curte de montão, mas não se encaixa como namorado/a. Esse tal amigo(a)(“colorido” na linguagem dos mais antigos) é aquele ficante contínuo, um tipo mais aprimorado, com que se pode conversar, sorrir, trocar confidências, sair pro Carnaval, cozinhar Tekitos para o almoço e dormir de conchinha por alguns dias.


Quem está do lado de fora, jura (e rotula) que aquilo é um namoro como outro qualquer. Por outro lado, quem vive na pele sabe que a realidade é outra. “-Como assim Bial?”. Esse tipo de relação se dá àqueles que estão ainda sem definição no que almejam para si, se sentem inseguros para galgar em uma “nova empreitada”, ou para definir melhor ; são aquelas pessoas que vivem momentos diferentes, em mundos paralelos : O mundo da redescoberta, das festas, do oba-oba, em contraste com a outra pessoa, que vive no mundo das obrigações, da era de produzir, trabalhar e estudar para que em um futuro próximo possa viver em um “oba-oba” mais aprimorado com os conhecimentos mais apurados, mais maduro e com os bolsos mais cheios.


Apesar da indefinição, o ponto positivo disso tudo é que não há cobrança entre eles. Pois é de se imaginar que os “amigos” possuem seus respectivos FICANTES vez ou outra, pois o vínculo é relativo. Porém quando o tempo corre, e a saudade preenche... os telefones tocam e rapidamente os “amigos” estão juntos novamente para bons e inesquecíveis momentos, e que alguns desses momentos são colocados em algum álbum do Orkut, internet afora... mesmo que um fantasma do passado possa voltar a assombrar e dizer que um playboy filha da p**** só quer “usufruir” do corpinho que um dia foi dele e não deixou alicerces na relação para que ela fosse duradoura.


Enfim, como todos os tipos de amizades, esta não foge a regra de ser sempre regada como uma planta. Do contrário ela murchará, suas folhas cairão e em conseqüência disso vir a sucumbir pela negligência de alguma parte envolvida, ou pelas duas quem sabe. Mas já que o sentimento de gratidão por ter passado momentos bons é forte e demonstrado nas páginas de recados do Orkut, podemos crer que há muitos caminhos a serem percorridos e que é proveitosa essa amizade, sem rótulos definidos.

Namastê...

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Breaking Ties


Quebrar vínculos, livrar-se de um sentimento que não lhe dá mais alegria e satisfação e por outro lado encarar as sofridas mudanças abruptas na vida afetiva não são das tarefas mais fáceis. Por muitas vezes empurramos “com a barriga” tais situações esperando que o universo torne-as maleáveis, mas nem sempre isso acontece, e em vez de “dar murros em ponta de faca” surge uma luz de inteligência em um túnel emocional escuro, tal luz que nos faz desatar laços e buscar o novo.
O tempo é sábio. Por mais que seja dolorido a decisão de sair da vida de alguém ou renunciar um sentimento pro seu próprio bem; os meses, os dias são como um remédio cicatrizador àquelas feridas que (talvez) a paixão nos causou. É inevitável não perder a postura diante de um Katrina como esse, e visualizar o que deixamos para trás, coisas boas e outras nem tanto. Pensar que poderia ser diferente, mudanças de idéias, ouvir aquela voz maravilhosa em um outro direcionamento diferente ao que até agora foi ouvido, pensar em ser surpreendido com um beijo cheio de calor ou simplesmente abraço que traz uma sensação de segurança, e persistir pensando assim é bobagem pois existem um mundo de empecilhos que nem vale a pena tentar superar o primeiro obstáculo.
O coração sempre nos surpreende com uma paixão inesperada, pode ser uma(o) vizinha(o), uma amiga da faculdade, do trabalho enfim..., pessoas que você jura que só acha legal e quando o tempo corre (tempo, sempre o tempo) a empatia envolta os “amigos” e os tornam mais próximos: ligações telefônicas com freqüência são feitas, papos intermináveis no Msn, conversas e mais conversas... tudo porque um quer saber do outro o que o outro acha dele, e desde ai os elogios já não bastam, a mão não obedece mais os comandos da mente, e sua boca quer invadir e sentir a outra, mesmo de forma roubada mesmo sabendo que não precisaria roubar para ter esse inesquecível (e simples) prazer.
Olhar para dentro de si e ver que aquilo que você almeja não corresponde as suas expectativas e perceber que ir adiante é se auto-destruir, é algo que poucos possuem. Saber pausar os acontecimentos e fazer um balanço daquilo que foi feito e visualizar as situações daquilo do que quer, torna a pessoa mais sábia, ao invés de se tornar uma pessoa frágil, insegura e sempre colhendo migalhas daquilo que um dia trabalhou para conquistar.
Ouvir o que a mente e o coração tem a dizer e deixar que o tempo (ah,ele de novo) trabalhe e cubra as feridas causadas por uma paixão (ou paixonite) avassaladora trará certamente a sensatez das suas atitudes, a segurança e o amor a si próprio e sentir que na pele que esse trabalho não foi em vão e se surpreender de dar de cara com aquela antiga paixão e vir a cumprimentá-la e ter a certeza de ter desligado o interruptor sentimental e afirmar : “
- Não sou mais apaixonado por você, estou curado, Viva!!!”

Tulio.



Namastê...

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Balanço Periódico Pessoal


Fiquei vários minutos olhando a tela do computador, procurando inspiração sobrenatural para escrever algo sobre que chamo de Balanço Periódico Pessoal, algo que me fizesse refletir por um instante aquilo que sentia. BPP é um relatório de um curto espaço das nossas vidas, por exemplo: O ano de 2008 foi um ano melhor para mim do que os anos de 2007 e 2006 nos âmbitos profissional e pessoal devido a uma série de fatores X, Y e Z.

Fazendo uma reflexão bastante curta e intimista. Posso avaliar que nessas férias (Dezembro/Janeiro) enfrentei vários momentos, bons e outros nem tanto. Primeiramente houve um desnorteio com base na ruptura da rotina diária, passando a dar uma pausa maior nas atividades e puxar o freio de mão em vários aspectos. A mudança de hábito proporcionou-me ter outro direcionamento e aliviar as tensões do dia-dia e viver um “pouco” mais despreocupado com as obrigações, por outro lado, a rápida mudança trouxe-me inevitavelmente a sensação de vazio, uma sensação de “carência” igualmente nos moldes da carência que todos conhecemos, a afetiva.

Com o passar dos dias, fui me readaptando a “vida”. Por felicidade minha, esse “período” foi bastante proveitoso, conheci pessoas maravilhosas, vivi momentos bons e outros que poderiam ser (bem) melhores, o universo proporcionou-me intensas aventuras com pessoas legais e interessantes. Respirei os glamourosos ares de uma repentina mudança: Excitantes “amizades”, novas pessoas, novos prazeres ... enfim; saldo positivo.

É chegado o momento de transição, das férias badaladas àquela antiga (e excelente) realidade: Responsabilidade, livros, prática jurídica, provas, trabalhos, mas também rever amigos que se tornaram quase da família pois estão junto em uma caminhada que se arrasta faz algum tempo. Caminhada esta, que é muito proveitosa e feliz e que essas férias foram produtivas para balancear o turbilhão de coisas que ainda virão.

Esse Balanço Periódico Pessoal, serve para analisar os pontos positivos de uma época e colocá- los em contraste com aqueles momentos de erros e de pouca produtividade para que se tenha um “molde” do que realmente nós queremos para nossa vida presente e futura. O universo pode proporcionar diversas sensações e situações, boas ou não dependendo da maneira de que nosso interior está vibrando. Ao relacionarmos os bons momentos e nos concentramos neles até que sintamos agradecidos por eles terem ocorrido, mais e mais situações maravilhosas similares a essa ocorrerão. Enfim 2009 para mim começa agora junto com as obrigações dessa nova era em contraste com o Carnaval que já bate nossas portas... haja fôlego.

Namastê.